domingo, 2 de dezembro de 2018

Policial Militar

Quando jovem, estudei no Colégio Militar de Salvador e, posteriormente, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas-SP, onde aprendi a ter disciplina. Meu pai também foi militar e me passou as bases de uma educação voltada para o dever, para o respeito à ordem, para a honestidade e para o exercício da cidadania. Ele era um entusiasta pelo Exército e pelo sucesso de seu país. Mesmo com esta boa formação inicial, não segui a carreira militar, pois não tinha pendores. Fui convidado a optar pela vida civil. A vida militar me deixou boas marcas, excelentes valores éticos e a consciência cidadã, sobretudo, de querer trabalhar por um país melhor.

Penso que todo militar, em especial, refiro-me ao que faz o policiamento nas ruas, deveria ter e merecer este mesmo respeito. Creio que a maioria recebe nos quartéis lições semelhantes as que recebi no Exército. Ser policial militar é mais do que ter um emprego; é um ideal de vida e um permanente estado de espírito de servir e de assumir o papel de protagonista pela ordem e pela harmonia social.

Quando vejo um policial, lembro-me dos valores que aprendi, da segurança que ele representa e da responsabilidade que tem. Infelizmente são mal remunerados, mal aparelhados e treinados em cima da realidade nua e crua da violência que adentra todos os bairros de nossa cidade. Uma pena que o Estado não dê a devida atenção ao policial, sobretudo àquele que vai para as ruas, que evita o crime, garantindo a segurança pública.

O policial é o Estado materializado em um ser humano. Ele é a garantia do cumprimento da lei, da ordem e tudo quanto significa a democracia. Ele é uma pessoa; tem seus dramas e problemas, mas no exercício do dever, é com ele que a população conta para garantir sua vida, portanto, merece toda consideração, respeito e confiança. Respeitemos o policial. Ele, independentemente de ser remunerado para tal, dá sua vida para que outras vidas tenham seus direitos garantidos. Ele é o último elemento, quando as outras garantias falharem, que temos certeza que se colocará a serviço do bem-estar público.

Mesmo sabendo de excessos cometidos por policiais, não devemos generalizar ou nos valer da má conduta de alguns para justificar atos ilícitos ou transgressões pessoais. É um erro grave desqualificá-los ou lhes desmerecer o valor. Deveríamos reverenciá-los, colocando-nos ao lado da Polícia, contribuindo para seu providencial trabalho.

Sugiro ao Governo do Estado a criação de programas nas escolas públicas, aproximando o policial da criança e do jovem, visando, desde cedo, a aprendizagem do respeito, da admiração e do gosto pelo seu trabalho. Em parceria com a Prefeitura, dever-se-ia criar um programa permanente, com inclusão de uma disciplina que contemple a ida do policial nas creches e escolas do ensino fundamental.

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