segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Um novo político

O mundo necessita de um novo político. A maioria dos que aí estão permanece com velhas práticas escusas para adquirir votos. Mesmo que queiram fazer algo de bom e administrar bem a coisa pública, acabam por se tornarem oportunistas que se locupletam com o erário público. Alguns dos que se elegeram, discursam contando vantagens de seus governos, quando não se ocupam em atacar seus oponentes, cuja estratégica para alcançar o poder é também achincalhar o outro. Culpam o sistema, a oposição, a mídia e até mesmo o “demo”. Quando governam, ajeitam espaços a serem ocupados pelos seus correligionários e apaniguados, oferecendo cargos e meios para ganharem o que investiram em suas campanhas.

Infelizmente não há escolas para político. A escola da vida o ensina a ambicionar desmedidamente o poder, o prestígio, a riqueza fácil ou o controle do povo que governam, enquanto alardeiam suas virtudes usando o dinheiro público. Não se aprende administração pública senão em cursos teóricos, onde não se inclui o combate ao grave problema da corrupção. Parte-se do princípio de que todos são honestos e bem-intencionados. Não consideram que tanto o ser humano faz o meio, quanto o meio o influencia. Deveriam considerar que a honestidade e a desonestidade estão no ser humano, restando-lhe discernir, pelo caráter, sobre seus usos.

A democracia tem seu valor, porém ainda deixa enormes buracos que promovem distorções no sistema. Uma delas é a aceitação de pessoas que se elegem sem o mínimo de preparo técnico e com graves falhas de caráter. Muitos acreditam que a popularidade que desfrutam, o creditam a pleitearem a condição de administrador público. Há que nascer um novo político que não foi forjado nos estúdios publicitários nem surgiu do interesse de grupos econômicos ou de movimentos supostamente sociais que não incluem em suas ideologias o interesse público com ética nem a diversidade cultural do povo que o elegeu. O novo político deve ter um plano de carreira, sem privilégios especiais, pois não são deuses nem missionários divinos mais do que qualquer cidadão.

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