Muitas especulações, muitos fakes, muitas bravatas de todos os lados. É a velha política ainda dominando o cenário noticioso, com bordões previsíveis e frases de efeito alienantes. Ao que tudo indica, os candidatos a cargos públicos, principalmente de Presidente da República, partem do princípio de que o eleitor também ainda continua o mesmo. O princípio é de que eles aceitam continuar sendo enganados. Estes eleitores deveriam colocar os atuais políticos, candidatos ou não, em museus onde figuram velhos ancestrais da política que muito prejudicou e enganou a sociedade.
São muitos candidatos sem compromissos concretos, aventureiros, raposas e lobos vorazes, que teimam em se valer da esperança de que se alimenta os eleitores. São velhas figuras, travestidas de heróis salvadores, que trazem seus sonhos pueris e promessas eleitoreiras vãs, mesmo sabendo que não as realizarão. Sim, são raposas, aproveitadoras da ignorância de muitos, para realizarem seus sonhos ingênuos e inconsequentes. Enganam e enganam-se.
O cenário que vemos é constituído de eleitores ingênuos, alguns crédulos, outros radicais em se manterem cegos e inertes ao perigo que ronda suas consciências com ideias distanciadas da realidade triste e pobre em que se encontra a sociedade em geral. Todos perdem, todos lamentam, mas continuam apáticos e iludidos como os que assistem e ouvem o canto das sereias.
Enquanto se discutem nomes nos partidos, na imprensa e nas esquinas esquecem-se de ideias, de filosofias renovadoras, da prosperidade e da disposição interna de cada cidadão para construir e viver em uma sociedade melhor. Qual pátria ele quer, qual nação pretende construir, que povo quer ser? São perguntas que deveriam ser respondidas nas escolas, nos ambientes de lazer e nos lares de todos que se preocupam em viver numa sociedade segura, com justiça e próspera.
Também cabe perguntar que país estamos permitindo que se construa e que legado deixaremos para a geração futura, pois o presente não nos mostra bases sólidas para algo de bom no futuro. O progresso que pode ser visto em alguns setores da sociedade se deve muito mais a fatores coletivos, imensuráveis do que a ações assertivas da velha e doente política partidária.
Precisamos de propostas exequíveis, mídias envolvidas e engajadas, com ou sem partidos políticos, cidadãos politizados, empresários doadores explícitos, apostando em ideias, formalizando plataformas e engajados. Tudo isto passa por investimentos em educação e em segurança pública. Enquanto assistirmos propaganda política dos que constroem viadutos, estradas, unidades de saúde sem aparelhemento algum, funcionando precariamente, bem como obras de fachada teremos a velha política dominando os velhos eleitores carcomidos pelo descaso consentido.
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