O cenário político tem dominado o noticiário de todas as mídias, com informações que estão interferindo diretamente na vida psicológica das pessoas, trazendo uma certa inquietação e, ao mesmo tempo, um desejo de que o país avance em sua maturidade institucional e na democracia. O bombardeio intenso de notícias de grande relevância e de impacto emocional tem sido constante, abrindo espaço para polarizações radicais, nem sempre equilibradas e saudáveis. Não há como fugir da realidade nem se omitir as entranhas sombrias da República, pois em jogo está a democracia, o estado de direito e a garantia das liberdades individuais e coletivas.
A operação Lava Jato, de importância crucial para a estabilidade política, social e econômica de nosso pais, sem precedentes na história, merece ser tornada permanente, pois o câncer da corrupção parece não ter fim nem remédio que o erradique instantaneamente. A expectativa do cidadão é que sejam criados mecanismos de controle e de prevenção, com o suporte garantido pelo Estado, para que sejam evitadas novas ocorrências.
O fato de não se enxergar uma luz no fim do túnel, ou uma saída constitucional para crise, pois o radicalismo tem apontado soluções sem respaldo jurídico nem apoio popular expressivo, denuncia a fragilidade que caracteriza os valores que norteiam a pátria brasileira. Em que filosofia se apoia a consciência coletiva de seus cidadãos? Nesta hora, deveriam prevalecer os princípios que forjam o caráter de uma nação, que não deixariam a sociedade avançar para o caos. Parece faltar uma voz conciliadora, sem colocar panos quentes, que levantasse a nação para os mais importantes valores que fortalecessem suas instituições, aumentasse a autoestima do cidadão e dirigisse o país para o crescimento econômico com justiça social. Tudo indica que aquela voz deve nascer na intimidade de cada um, propondo que se dê uma cota de esforço pessoal para o desenvolvimento coletivo, com ânimo e disposição ao trabalho e ao empreendedorismo.
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