Mas, o mais importante talvez não seja nenhum destes fatores, pois lições subliminares costumam ser seguidas coletivamente mais rapidamente do que as explícitas. Estou me referindo ao desejo individual de sucesso, de vitória e, sobretudo, a esperança de dias melhores e de um futuro feliz que impulsionam quem joga futebol.
A ameaça a isto pode ser vista nos recentes escândalos que levaram para a prisão alguns dos dirigentes do órgão máximo que ordena o futebol no mundo, acusados justamente de corrupção, insidiosa praga presente em todos os setores da vida humana. Sim, a corrupção ameaça a esperança humana, corrói o desejo legítimo de viver de forma ética e saudável, pois representa o máximo egoísmo da ambição humana.
Por outro lado, há os que torcem pelo time da seleção brasileira, há também os que exaltam jogadores individualmente, porém, é preciso aplaudir também o que resulta do futebol. Além da alegria, da união de um grupo de pessoas para o alcance de um objetivo comum, da beleza de cada jogada pela habilidade do esportista e, principalmente, da disposição de viver pelo desejo da vitória, o futebol produz o prazer da convivência com pessoas queridas em torno de uma arte que promove a saúde. Há também que salientar as altas cifras que estimulam a todos que participam do magnífico espetáculo, movimentando grandes quantias em dinheiro oriundo de patrocinadores que vendem seus produtos com ganhos incalculáveis. O futebol movimenta a economia, gera empregos e oferece dignidade a todos que dele vivem, portanto, há que ser estimulado desde a infância.
Pensa-se que a Copa do Mundo de Futebol é para enganar o povo, como se fosse o antigo circo romano em que gladiadores em lutas sanguinárias divertia a massa espoliada pelos políticos e governantes de então. Se assim fosse não existiriam grandes empresas de marketing, jogadores bem sucedidos e toda a sociedade amando o futebol no mundo. Diverte, educa e promove a vida saudável. Imagino um dia em que as seleções possam ser formadas por livre escolha de seus jogadores, independentemente de suas nacionalidades; talvez, nesse dia, nos aproximemos mais da legítima fraternidade, do respeito a diversidade e nos afastemos do nacionalismo exacerbado.
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