Votar é o meio mais legítimo que o cidadão possui para o exercício da democracia. Porém, está claro que ele não é bem representado em suas escolhas. O governo que ele elege não cuida da formação e da consolidação do Estado, pois não cria os fundamentos da nação que se deseja construir. Somos representados por um grupo que não se ocupa destes fundamentos nem os possui como norma de conduta. Quais os valores que norteiam o Estado brasileiro? Sob que filosofia coletiva vive o cidadão deste país? Uma vida sem sentido, sem valores pessoais e coletivos, esvazia-se. O cidadão precisa saber o que seu país espera dele, ao mesmo tempo que ele próprio constrói o edifício de suas leis e fomenta seus valores.
Todo governo apresenta, em sua plataforma eleitoral, um programa que contemple medidas que comporão as políticas públicas cujas atividades influenciarão diretamente a vida do cidadão. Tais programas de governo devem se transformar, ou estar em consonância, com um sistema jurídico-político-social que congregue instituições que compõem o Estado. O Estado é garantido por um conjunto de leis e costumes que determinam a existência de uma nação. No Brasil, com suas entranhas políticas cada vez mais visíveis, os governos sempre pousaram como sendo o próprio Estado, fazendo dele o que bem quiseram, sem a menor cerimônia, com prejuízo ao cidadão e a nação. Vivemos uma gangorra, pois os governos, não só se arvoram em ser o Estado, como atuam para se perpetuarem.
Precisamos formar um país em que o cidadão valorize a nação que o acolhe, que respeite o direito a propriedade privada, que ele próprio cuide do patrimônio público, que não haja uma só criança fora da escola e que todos queiram empreender, gerando prosperidade pessoal e coletiva. Transferir estas responsabilidades para os governos e suas políticas públicas tem sido frustrante e alimentador da ambição de grupos cuja pátria não é o Brasil que queremos. Educando o cidadão, não teremos políticos inescrupulosos.
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