Ser rico sempre foi objetivo da maioria das pessoas. Os benefícios proporcionados são imensos e de inegável bem-estar. A riqueza material permite o acesso a muitos bens e serviços que promovem o desenvolvimento humano. Ser pobre, por outro lado, sempre foi um estado negativo, condição indesejável cujos malefícios provocam circunstâncias desagradáveis ao destino humano. Vale ressaltar que o pobre, mesmo com adversidades, evoca sua dignidade como símbolo de luta por sua identidade entre aqueles que exaltam a riqueza. A única pobreza exaltada, num entendimento particular, foi a “de espírito”, sinônimo de humildade, como consta no código cristão.
O ser humano deveria substituir seu ideal de riqueza pelo de prosperidade, tipo particular de sucesso na vida, que não carrega a pecha de ser negativamente invejada. A prosperidade, parente próxima da riqueza, significa a conquista dos bons frutos pelo trabalho digno, a aquisição do bem-estar pela honestidade, a obtenção do conforto trazido pelo uso de habilidades legítimas, o acesso a bons serviços públicos ou privados pelo exercício pleno da própria cidadania, bem como uma vida com demonstrações de boa educação e de vivência ética. A prosperidade é percebida quando uma pessoa é bem-sucedida em sua vida privada, profissional e pública, conquistando sua ascensão pelo mérito e esforço. Trata-se de alguém que alcançou algo semelhante ao que a riqueza proporciona, porém como uma consequência, sem que o objetivo direto tenha sido obtê-la.
Quando a prosperidade traz bem-estar pessoal e coletivo, e ocorre como consequência da dedicação e inteligência de uma personalidade saudável, assiste-se a realização completa do sentido e significado da vida. A sociedade constituída por indivíduos deste quilate, certamente é democrática, justa e construída em cima de valores universais, sem exclusão e com respeito às naturais diferenças. Precisamos nos empenhar para fazer a nossa parte, independentemente dos que almejam a riqueza a qualquer custo.
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