É típico do governante agir em favor de sua cidade e de querer o melhor para o cidadão enquanto perdurar seu mandato. O discurso midiático é o mesmo, pois visam transmitir uma boa imagem de seus governos. A “propaganda (boa) é a alma do negócio”. Porém, todos eles ficam de olho na reeleição e na própria sucessão, buscando colocar alguém de sua confiança, tornando-se eminência parda no governo seguinte. Esta dualidade, entre administrar bem sua cidade e em se reeleger, atrapalha, promove a vaidade e contribui para a instalação da perda do sentido de, literalmente, ser um político. O governante se torna um dublê de bom moço e de esperto, mocinho e bandido, acreditando que consegue esconder-se de seu eleitor. Sua ânsia em perpetuar-se é tão insana que ele acaba por se deixar levar pelo marketing político, pela anulação de seu senso crítico e pela influência partidária para se reeleger.
Ilusão cuja consequência atinge diretamente o povo, o cidadão comum e a cidade, pois serão os esquecidos pela perda dos reais propósitos de seus governantes. Os mecanismos legais de controle, as leis constitucionais que garantem a democracia e e as instituições que zelam pelo bem público não alcançam este tipo de vaidade e de insanidade. Quando são acionados e aplicados legitimamente, já é tarde. O estrago já foi feito. Novamente o cidadão paga pela sua ingenuidade e incúria. O voto, importante meio de exercício da democracia, é abertamente vendido pelos que também são vítimas do sistema espúrio da corrupção, patrocinada pelo poder econômico doentio de alguns gângsteres de plantão.
Enquanto o ser humano continuar arquitetando ludibriar seu semelhante, bem como locupletar-se com o poder e o dinheiro pelo ser caráter corrompido, não haverá meios externos de controle que acabe com a miséria moral que grassa a olhos vistos. A sociedade é reflexo do que se passa nas intenções conscientes e inconscientes daqueles que são eleitos para promover o bem, o progresso social e a paz coletiva.
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